Seja atrevido, não se arraste, olhe nos olhos e aprenda a desrespeitar!

sábado, 19 de maio de 2012

Esse ano tem eleição.

Esse ano temos que separar um tempo para analisar candidatos.
Quero dar um ênfase na palavras CANDIDATOS. 
Pesquise sobre ele. Faça perguntas!
1- O que ele já fez em em prol da população? Nada? Então não é uma opção.
2- Quais projetos ele desenvolveu em mandatos anteriores? 
Nenhum? 
O que ele fez lá durante esses anos? 
Ah, tem projetos sim. Ótimo! Quais? Beneficiaram a população? Ou foi um desses projetos só para não poderem dizer que ele não fez nada? Por exemplo, mudar nomes de ruas. Projeto de verdade é na Educação, Saúde, Segurança, desenvolvimento do município, melhorias na qualidade de vida. Se o projeto dele não chega perto disso, ele está fora.
3- Ele já esteve envolvido em corrupção? Sim? Está fora, nesses cargos não pode existir segunda chace.
Há algo de suspeito na carreira política dele? Sim? Não vale a pena arriscar. Exclua da sua lista.
4- Ele é um candidato novo e é a primeira vez que concorre a uma eleição? Ótimo, precisamos mesmo renovar nosso quadro político. Não vamos excluir apenas por ele ser novo. No entanto, não vamos votar só por que ele é novo também. Pesquise! Analise! Quais são suas idéias? Elas são coerentes? Ou está só fazendo politicagem, falando o que "o povo quer ouvir". Ele sabe do que está falando? Pergunte! 
Analise seus candidatos e seja implacável!

Dei ênfase a palavra candidato, pois votar pelo partido não dá mais. Não existe mais ideologias nos partidos. Não existe mais esquerda e direita. Quando vemos figuras que disputavam a mesma cadeira, que em debates expunham todos os podres do rival, que berravam ao microfone todos os motivos pelo qual seu concorrente não devia ser eleito e agora apoiam a candidatura um do outro por conta de coligações entre seus partidos, a exemplo do mútuo apoio entre Collor e PT, coligações  PT-PSDB, percebemos que não existe ideologia alguma, o importante para eles é ganhar as eleições e conquistar o máximo de poder possível. Esse é o tipo de coisa que já vemos a anos com partidos como o PMDB que sempre apóia o lado vencedor desde os tempos da ditadura, mas isso está espalhando-se a todos os partidos.
Então, foco nos candidatos, se não achar nenhum, ANULO. 
Nunca fui de me ver obrigado a escolher o menos pior.
Talvez eu faça questão de pagar os três reais e pouquinho só para não sair de casa nesse dia.
Mas antes eu vou tentar, vou procurar um candidato que possa trazer algo de bom para o município.

Boa procura para todos nós!

domingo, 13 de maio de 2012

Resposta ao professor Vitor Nunes

Em resposta à “Análise” do professor feita na matéria

Prezado Professor Vitor,
Concordo que o “movimento” ateu é algo natural em uma sociedade plural e democrática, que ser ateu em meio a uma sociedade como a brasileira cause estranhamento e que deveria haver tolerância mútua para convivência pacífica.


No entanto, o senhor diz que “não concorda com o discurso da vitimização de quaisquer grupos que se consideram excluídos na sociedade”, gostaria muito de entender o que quer dizer com isso, pois ateus não se colocam como vítimas e coitadinhos, ateus não estão pedindo piedade da sociedade, apenas pedem respeito. Dizer que não há preconceito, como diz no fim de sua análise, é muito fácil. Falar do outro sem praticar a alteridade, a meu ver, é, de alguma forma, perigoso, dado que influenciará  o pensamento de muitos.  É muito fácil falar de um “não-lugar”. 


Gostaria de convidá-lo a fazer um experimento empírico. Passe um mês, em uma cidade onde as pessoas não lhe conhecem, vestindo uma camisa com dizeres do tipo: “sou ateu e exijo respeito”. Depois disso, escreva um artigo científico sobre o evento. Não posso afirmar, mas tenho a leve suspeita que seu conceito sobre preconceito e estranhamento iria mudar.

Ateus, ao se dizerem como tais, sofrem toda sorte de gracejos e piadinhas, quando não, de preconceito explicito. Nunca ouviu a frase: “ateu graças a deus, né?”, essa frase, por mais tola que pareça, tem a intenção de “diminuir” a importância da posição filosófica do ateu, dado que muitos teístas não conseguem conceber como uma pessoa pode não acreditar em deus. Outras formas de ataque ou ironia surgem quando dizem: “não existe ateu em avião caindo”. Por que não? É uma clara tentativa de fazer impor à sociedade a ideia de que ateus são uma postura covarde frente ao mundo, mas que diante de um perigo iminente eles voltam suas súplicas a deus. 


Outra frase de preconceito é a famosa: “é preciso ter fé para ser ateu”, não, não é preciso. Fé, segundo Hebreus 11:1 “a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos” (Nova Versão Internacional) e segundo o Houaiss é “confiança absoluta”, pois bem, ateus não tem certezas, eles tem pressupostos, sustentam aquilo que pode ser aplicado ao método científico, porém, estão completamente abertos a mudar seu paradigma mediante novas comprovações da ciência.   

Ateus são constantemente “ameaçados” com um inferno no qual não acreditam; somos chamados de amorais; questionam de onde vem nossa ética, dado que não acreditamos em deus; se tudo isso é só estranhamento e não é preconceito, preciso rever a semântica lexical dessas palavras. Mas, ao contrário, se dissermos “somos ateus graças ao não-deus”, isso soará pesado para qualquer teísta mais fervoroso, mas minha intenção com essa “frase exercício” é essa:, mostrar que essa forma de desrespeito é incômoda; ateus maduros não vão usar desse tipo de ironia. 


Não quero impor meu ateísmo a ninguém e respeito o direito das pessoas de acreditarem no deus que quiserem, pois, no mundo, idolatram-se mais de 300 milhões de deuses.

Existem ateus em aviões caindo e, também, na sociedade; não é preciso ter fé para ser ateu, basta ser; não somos “ateus graças a deus”, mas sim por termos inquietações e buscarmos respostas além daquelas mais fáceis ou dogmáticas.

Em seguida V.S.a afirma que “o movimento ou grupo deve se firmar pela solidez e relevância de sua mensagem, não por se colocar como vítima de um preconceito social” e que “para se consolidar, o movimento dos ateus deve mostrar as razões de sua significância social”.  Discordo desse ponto de vista, pois, ele parece escrito por alguém que fala de uma zona de conforto, de alguém que fala em nome de uma maioria e sabe que será apoiado naquilo que manifestar.

Querer comparar o ateísmo com o cristianismo não tem sentido, é apelar para a falácia da falsa analogia. Ateísmo não é religião, a palavra religião, como bem sabe, vem do grego religare, que significa “religação com o divino”. Não existe um “divino” para os ateus, portanto, não temos que demonstrar isso como o cristianismo faz há dois mil anos (inclusive, aqui, poderíamos ter um grande debate sobre essa relevância em certos períodos históricos). Tentar colocar os ateus na mesma “caixa” que organizações, entidades religiosas, instituições, movimentos sociais, é uma forma de impingir que mostrem a que vieram, é uma forma de constrangimento para que um grupo prove que pode se consolidar. 


Além do “movimento” ateu, sou ligado a estudos da causa de pessoas com deficiência e, historicamente, vejo que elas são vítimas de uma sociedade normalizadora. Entenda, professor, ateus, gays, negros, pessoas com deficiência, não tem que “mostrar as razões de sua significância social” para se consolidarem em sociedade.



Não, prezado professor, para que pessoas se consolidem na sociedade, elas só tem que ter uma característica: ser cidadãos. Os ateus são cidadãos e só isso lhes basta para que gozem ao direito de serem respeitados, afirmar o contrário é só mais uma forma pela qual o preconceito transparece. 

Respeitosamente.


Grupo dos ateus do ES no Facebookhttps://www.facebook.com/groups/ateismoes

sábado, 5 de maio de 2012

Salário de docente no Canadá paga 2 no Brasil

Professor universitário brasileiro vive ‘sem conforto’, segundo estudo internacional que fez pesquisa em 28 países
Levantamento compara salários de instituições dos cinco continentes; no Brasil, instituições públicas pagam melhor
Ser professor universitário no Brasil pode não ser mais tão vantajoso. Um estudo inédito que compara o salário de docentes de 28 países mostra que as universidades por aqui têm bons benefícios, mas deixam a desejar nos holerites.
Em média, um professor universitário no Brasil ganha U$S 4.550 mensais (cerca de R$ 8.500) quando atinge o topo da sua carreira.
Isso corresponde a cerca de metade do que receberia em instituições do Reino Unido ou do Canadá.
Considerando o custo de vida local, um docente brasileiro não consegue viver “com conforto”, afirma o trabalho.
A compilação está no livro “Paying the Professoriate” (Pagando os Professores, Ed. Routledge), lançado neste mês. O trabalho foi coordenado pelo Centro Internacional de Ensino Superior da Boston College (EUA) e pela Universidade Nacional de Pesquisa de Moscou (Rússia).
No Brasil, os maiores salários estão nas universidades públicas, que concentram 91,6 mil dos 132,4 mil professores com dedicação integral.
Apesar de receberem mais, os docentes dessas instituições têm o pagamento padronizado conforme cargo e formação. Ou seja: professores titulares de universidades estaduais paulistas, por exemplo, terão o mesmo holerite.
“Os salários fixos são um problema quando se quer trazer pessoas excepcionais para o ensino superior nacional”, analisa o sociólogo e cientista político Simon Schwartzman, autor do capítulo brasileiro do estudo.
Universidades públicas de países como China e EUA, por exemplo, podem fazer propostas e contratar docentes conforme desejarem - inclusive estrangeiros.
Isso cria um ambiente de competitividade que, dizem especialistas, pode ser benéfico para as universidades.
Os salários analisados no trabalho, porém, não consideram alguns benefícios. Docentes com cargos administrativos, como chefia de departamento, recebem extras.
BOLSA E APOSENTADORIA
Se a produtividade científica for alta, o complemento vem do CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento), que paga uma bolsa mensal de R$ 1.300,00.
“Em geral, as condições de trabalho na universidade brasileira são boas e atrativas”, analisa Schwartzman.
Além disso, vantagens como a estabilidade de emprego e a aposentadoria integral também atraem os docentes às instituições públicas.
A pesquisa destaca ainda que o “engessamento” de salários evita desníveis entre regiões do país, áreas do conhecimento ou gênero.
É o que ocorre, por exemplo, no Canadá. Lá, uma professora ganha 20% menos do que um colega homem.

Fonte: SABINE RIGHETTI, Folha de S.Paulo - Cotidiano, 29/4/2012.

Ameaças

 Sempre que falo que sou ateu vem alguém me dizer que serei ateu até estar numa cama de hospital. Eu tive câncer quando era criança e meu pai me levava a igrejas cristãs onde faziam orações por mim. Eu fui curado, mas por que frequentei um hospital por muito tempo, fiz quimioterapia e cirurgias. Então não me venha com essas ameaças.
Por exemplo:
"Você irá queimar no inferno por não acreditar em deus."
"Você irá ter uma doença terrível por não acreditar."
"Você irá sofrer por não acreditar"
"Espero que você morra com bastante dor."
Essas ameaças simplesmente não fazem sentido algum. Se você orar para que chova, depois de um tempo realmente irá chover, mas se você não orar, irá chover também. Se você tem um câncer, acreditar em Deus, pedir a ele para ser curado e continuar o tratamento você terá chance de cura, se não acreditar em Deus e continuar o tratamento também. Mas se você não se tratar provavelmente você não será curado. Essas ameaças não fazem sentido observando-se que não há motivos para acreditar que exista inferno, pessoas que acreditam em deus também sofrem de doenças terríveis, sofrem e morrem com bastante dor. Apresente-se uma base de argumentos respeitável para sua crença, ameaças não funcionam, pois eu não respeito pessoas que me ameaçam.